on quinta-feira, 25 de novembro de 2010 | 6 comentários

Em relação ao meu post de ontem aqui no MarketinginFoco a respeito da ação promocional, descabida, em duas praças do Rio de Janeiro, gostaria de retomá-lo para fazer alguns esclarecimentos.

  1. Ontem foi veiculado em alguns site de notícias, dentre eles o do Terra (link abaixo), que as caixas (seriam duas, mas o site do Terra chegou a noticiar que seriam 4) pertenceriam a empresa Moda Produções e Eventos.  No entanto, esta empresa estava apenas executando uma ação de outra, a Procter & Gamble Brasil.


  1. Hoje a Procter & Gamble veio a público, através de nota oficial da empresa, para assumir autoria da ação promocional envolvendo as duas caixas.

Leia a íntegra do comunicado divulgado pela Procter & Gamble Brasil:
IMPORTANTE: COMUNICADO
"A P&G esclarece que as caixas colocadas em alguns pontos na cidade Rio de Janeiro faziam parte de uma ação promocional da empresa.
Lamentamos profundamente pelo desconforto causado à população.
Aproveitamos para informar que a ação foi imediatamente suspensa no Rio de Janeiro e nas demais cidades.
A empresa se coloca à disposição para quaisquer informações.
Procter & Gamble Brasil"


Ao assumir a ação, a empresa demonstra compromisso com a verdade junto ao seu público, mas não apaga a atrapalhada estratégia de promover algo, desprezando uma variável importantíssima – análise do ambiente.

Que sirva de alerta para todos... com bom senso e planejamento adequado, conseguimos desenvolver boas estratégias organizacionais sem criar a enorme confusão de ontem.

6 comentários:

Rogério disse...

Caro Alexandre.

Achei muito pertinente seu comentário sobre a ação de guerrilha... como já é notório, muitas ações destas tem efeitos inesperados e, neste caso específico, desastrosos!
O Marketing de Guerrilha e, mais ainda, em suas formas menos claras (undercover, espião, etc.) tem sido foco de grande discussão ética e uma ação como esta pode prejudicar estas formas criativas de aproximação com o cliente.

Claro que a P&G não pretendiam este tipo de exposição e as declarações que seguiram o caso explicam, em parte, o que aconteceu, mas não recuperam o possível dano à imagem.

Agora pense comigo... os EUA vivem, desde o 11/setembro, em pânico generalizado com ameaças de bomba. Será que a P&G faria uma ação como esta lá?

Se não... porque fazer aqui???

Alexandre Júnior disse...

Roger,
Como sempre... muito bom o comentário, pois desperta uma temática para gerar discussão!!! Para ser bem ingênuo na resposta a sua indagação ao final do seu comentário, acho que houve despreparo e subestimação do momento vivido no Rio de Janeiro. O que você acha???

Rogério disse...

Olá Alexandre.

Sim, concordo... a avaliação do ambiente carioca foi mal estimada pelos planejadores da ação! E tem mais: precisamos descobrir se a P&G não havia contratado alguma agência de marketing de guerrilha para elaborar e operacionalizar a ação... o que também é uma possibilidade.

A indagação vem no mesmo sentido de, de vez em quando, vemos produtos lançados aqui no nosso 3.o mundinho que são proíbidos nos países "desenvolvidos"... parece que algumas empresas usam nossos países como quintal ou laboratório para coisas que não fariam nos seus países de origem.

Alexandre Júnior disse...

Roger,
Imaginei que você fosse abordar esta questão... de sermos utilizados como laboratório pelas grandes coorporações. Mas agora você levantou algo que fui mais além... se de fato a P&G contratou esta agência de ações promocionais, como de fato aconteceu com a tal da Moda Produções e Eventos, ainda houve negligência por parte do Marketing da P&G aqui no Brasil, que liberou uma coisa tão sem noção deste tipo!!!

Rogério disse...

Olá Alexandre!

Sim... eu não tinha visto que a P&G tinha contratado essa "moda prod. e eventos" para a ação... resta saber se a P&G contratou a agência para criar e operacionalizar a ação ou se a idéia já havia sido formatada internamente na empresa.

De qualquer modo, estas ações "invadem" o espaço público... as ruas da cidade não estão disponíveis para uma ação promocional como esta!

O absurdo aumenta, quando lí no Estadão o seguinte: "De acordo com a polícia, a empresa teria pedido licença à prefeitura para colocar as caixas nos locais, no entanto, a autorização não foi concedida"... Insistiram em continuar com a ação mesmo sem autorização!!! Mostrando total desrespeito com o poder público!

Bom... viu quem eram os outros parceiros? Na verdade a ação é parte da promoção do Avião do Faustão...

Alexandre Júnior disse...

Roger,
Eu também havia lido no site do Estadão sobre o pedido de licença e não concessão da mesma para desenvolver a ação em espaço público no Rio. De fato é um completo desrespeito para com o poder público e consequentemente para com a sociedade.

Já essa do avião do Faustão eu não sabia!!! Agora veja como uma ação mal planejada pode levar pra vala comum várias marcas; P&G e GLOBO juntas!!!

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