É de conhecimento de todos que a segurança pública no Rio de Janeiro é um caso extremamente delicado. Ainda mais pelos recentes acontecimentos, fruto da insatisfação de duas facções criminosas, que resolveram se unir contra o Estado. Tudo para demonstrar sua “insatisfação” contra as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) que estão “atrapalhando” seus negócios.
Até aí... só estou reforçando um fato que tem nos chegado via todos os meios de comunicação disponíveis. O problema é que uma empresa metida a esperta quis aproveitar esta situação delicada, em que a sociedade carioca está se vendo ameaçada com o pipocar de ações que vão do vandalismo ao terrorismo em vários pontos da cidade. Tenho amigos na cidade que me relataram que à noite a cidade tem ficado vazia, fruto do pânico que se instaurou, deixando todos acuados em suas casas!!!
Daí essa empresa, que nem vale a pena citar o nome, deixa duas caixas de madeira fechadas com cadeados, hoje pela manhã, em duas praças de grande circulação de pessoas (General Osório e Nossa Senhora da Paz). Ambas em Ipanema na zona sul do Rio. Não satisfeitos, supostamente em nome da empresa, um homem ligou para o 190 afirmando que tinha deixado "presentes" para a PM nas duas praças, segundo apurou a Folha de São Paulo.
Logicamente que a empresa, por ter seu nome noticiado como responsável pela marmelada, já deve ter recebido uma enxurrada de consultas em relação a sua marca no Google. A curiosidade humana, neste caso, por mais incrível que pareça, vem antes do discernimento e julgamento de valor para com a “apelação” que se configurou a ação.
Talvez os responsáveis pela ação, neste momento, devem estar vibrando pelo resultado conseguido de imediato com a divulgação nacional de sua marca. Mas depois vão se dar conta da besteira que fizeram, até mesmo porque talvez haja uma reação contrária dos próprios clientes, sobretudo os cariocas, que devem ter achado de péssimo gosto assustar ainda mais as pessoas, atrapalhar o trânsito e mobilizar a polícia com esquadrão antibombas.
Ao que tudo indica, o Estado vai acionar juridicamente a empresa por ter colocado estas caixas em local público sem a devida autorização. Espero que toda a circunstância envolvida conte contra a empresa, de forma a agravar o “delito” e reprimir besteiras deste tipo em ocasiões e circunstâncias semelhantes.
O marketing de guerrilha, que tanto defendo aqui no MarketinginFoco como estratégia alternativa e de extrema efetividade, também tem limite.
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